24.9.10

Nas suas Mãos

Tem dias que não queremos abrir os olhos, ou melhor, a única coisa que precisamos e do aconchego dos braços de alguém nos envolvendo. Se não temos esse alguém, pegamos o cobertor mais macio que habita em nosso armário e nos enrolamos nele até que o mesmo nos faça sentir mais seguros. Junto com isso você adiciona o extremo pensamento do sono e das lembranças, que muitas vezes é fresca na parede da memória, e recorda das horas passadas onde você estava cantando sozinho, talvez dançando, e se garantindo pra si próprio. Você quase não quer esquecer aquela imagem que faz com que seus lábios secos esbocem um doce e pequeno sorriso de canto. O que você quer mesmo é que alguém chegue para mudar o seu astral e sua vibração, porém isso não acontece e então você desliga a TV, pois não tem nada de interessante para assistir. E simplesmente encontra um túnel do tempo em sua frente, onde todos os relógios desaparecem e o caminho te guia até as cenas do passado, que desta vez, não é mais recente. Quando você fecha os olhos, mergulha em uma viagem mais do que longe, aquele lugar no tempo em que, segundo sua recordação, é o local exato para dar um verdadeiro stop, e a vida parar ali, sem andar. Só que você está fora, e desta vez observando tudo com cautela e de diferentes ângulos. Nada pode ser alterado, nem uma vírgula da melhor folha da sua história. Tudo te faz sentir melhor. E você deseja ficar ali por pelo menos... Muito tempo!
O que tem nas suas mãos? Em uma o passado vibra e suas esperanças também. Na outra o presente bom é robótico pela rotina.
Só isso - diz você com um ótimo e simbólico olhar.
Até que abre os olhos, vê que tudo permanece em seu exato lugar. Se enrola novamente no cobertor e quando olha para a mesa observa um relógio, onde os minutos parecem andar suavemente. Sabe o que vê agora?
O futuro incerto que te chama pra vida!
beijos, lq.

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