25.7.11

Há uma nau prestes a navegar
Entrementes, uma alma a latejar
Ao ficar tenho o peso da vergonha
Mas os tesouros dos sonhos incompletos
Ao sair tenho a leveza do esquecimento
Mas as feridas do espaço vazio
O que me movimenta, me imobiliza
Dúvida
Se as dúvidas dos velhos sonhos acordarem um dia límpido
Se as dúvidas dos novos rumos aprumarem uma noite estrelada
Certeza é a dor
Andar dói
Parar dói
Respirar dói
Existirá dor na completude dos sonhos?
Um passo avança, outro retrocede
Observo apenas o agora
Lágrimas salgam um sorriso
Ao contemplar os nobres de espírito
Decido ficar
E insistir uma vez mais
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