10.9.10

E a Vida? Como vai?

“...E então, ela perguntou: "Por que tudo é tão material e nada mais é sentimental?"
O Conde olhou para a inocente menina e esboçou um sorriso sombrio. Com os olhos de águia ele respondeu: "Tudo que é material tem mais valor." A menina achou entranho e ofensivo a forma como ele pronunciou-lhe as palavras. Ela se levantou na cadeira, apoiou as mãos na mesa e o encarou como se estivesse em um tribunal: "Você sabe me explicar que valor é esse?" O Conde, muito esperto, não conseguia pensar em um jeito sutil de usar as palavras, então disse da única forma que sabia: "O valor do dinheiro, do poder!" - Exclamou ele. Mas tudo que a menina pensava era apenas em como mostrar a ele o verdadeiro valor das coisas. Ela foi até ele e abraçou-o. "Isso teve algum valor?" O Conde ergueu a cabeça, coçou o nariz de maneira leve e começou a andar pelo escritório. Foi em direção a lareira e sobrou todo o pó que ali estava. A menina então percebeu que havia uma confusão em seus pensamentos. Oras oras, o Conde não iria falar nada friamente? Ela avançou em direção a porta e disse: "Pois estão, o Senhor não conhece o amor, o sentimento. Espero que possa ao menos conhecer antes de partir, do contrário, não sentirás a presença de vários em seu corpo frio e pálido, e não vai ter como se culpar. O tempo está acabando." Antes mesmo que a menina saísse, ele entortou as sobrancelhas e disse: "Há quem me ame desse jeito, porém eu sei não sou capaz de tornar esse sentimento recíproco." Sendo assim, a menina se retirou do escritório.
Texto de: Letícia Borges Quaiatti
beijos, lq.

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